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domingo, 29 de abril de 2012

Resistência

Não fosse pela alma que desprende do corpo - deixando cabeça, ombro e dedos sem ânima - eu diria que sou uma revolucionária! SIM! A razão é capaz de vencer não somente os sentimentos como as condições históricas/sociológicas de tudo que se passou!


Isso! Não há amor, foi somente um passatempo do tédio de uma narcisista capaz de amar o outro como um espelho.


Isso! Foi só sexo, só tesão, só necessidade de provar para si mesmo que a pior ilusão é a precedente.


E num "à vos souhaites", um pequeno espirro em que a alma se perde, ela foi capaz de sentir em seu corpo a viagem que sua vontade fez: foi ao céu, acompanhou pássaros e ao aterrisar numa alergia espirrou saudade!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Da Solidão Sem Fim II

(in)Feliz me vejo meditando
Buscando a felicidade esquecida
Ah vida!
Que arde sofrida e latente
Só que às vezes também estou contente
Embora saiba que ela tem fim
O existencial briga com a certeza
E nunca fecha
Esse desejo do sempre, 

Chama que queima, queima, queima
Feito vela acesa
Me pego buscando a felicidade perdida
Nela que anda sofrida
Tamanho é o desejo do contente
Mas sabemos que o dia tem fim
A vida iluminada é palco de infinita beleza
E de repente
Escuridão

Vem a noite e esqueço o que busco e o que sou
Assim meditando volto ao ponto de partida
Recobro a serenidade esquecida
E faço as pazes com a solidão.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Posto de Observação

Quando os olhos dos outros valem mais que o seu. Quando o seu ouvido sangra com outras palavras. Quando a mão estendida é castigada. Quando embaralham seus dias para te fazer, canastrona. Quando as dúvidas são para manipulação e as certezas para o descarte. Quando se constrói a destruição todos os dias. Quando a carne sente mais que coração. Quando a presença é solicitada como sombra. Quando sobras do almoço fazem o jantar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Da Solidão Sem Fim


Os milhares de barulhos lá fora gritam minha solidão no quarto escuro. Acendo uma vela que me faz companhia. Venta forte e vem cheiro de chuva por baixo da cortina pesada. O relógio do telefone marca 3:34. A cama é grande e não consigo dormir. Antes de se apagar, a chama aumenta. Assim é minha falta de sono. Que resiste e insiste antes de se despedir dos olhos abertos. Barulho de alguém acordado. Seria no quarto ao lado? Ou num canto dentro de mim? Barulho de água. Mais vento. Moringa, torneira ou chuva? Fecham a porta. Uma porta? São tantas. A chama da vela dança. Barulhos. São tantos. E os caminhos para o coração? Esses caminhos do coração....
Vela apagada.
Sono.
Cera.
Chão.
Colchão.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Das musas e do amor




Nasci para ser musa
E vivo a repetir a mesma coisa

Não preciso ser musa de artista
De Carnaval ou de trovador

Eu só quero mesmo é ser a 
musa do meu amor.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Fragilidades de Outono


escorre do guardachuva o cinza de fim de tarde
que começou senil em memórias sanadas,
gargalhadas cúmplices na rua,
sem ninguém para abraçar -
todo um guardachuva para um corpinho débil

terça-feira, 10 de abril de 2012

Tudo

Foi quando olhei a cama e me senti igual a ela;
e não apenas isto, mas a mesa, as paredes,
a poeira sobre o chão, as fotos e seus suportes.
Sentimento dilacerante: ser mais um...
mais um no meio da bagunça.

quarta-feira, 4 de abril de 2012