Cenário de tons verde e vermelho, no canto da sala o presépio com "A sagrada família" ao lado do pinheiro de plástico com bolas metálicas e luzes piscantes. De onde veio esse menino Jesus que mais parece um querubim da Fiorucci?
Mamãe sai da cozinha com aquele peru a ser comido com farofa de miúdos. À mesa vinho no gelo, caipirinhas e guardanapos servindo de abanadores. Rabanada não falta! Sinto falta dos tempos de leitoa à pururuca: depois que meu porquinho preferido foi morto e servido com uma maçã na boca, me tornei mais cruel.
A troca de presentes e a velha frase: "presente mole ou presente duro?". A criança decepcionada com a camiseta, o adulto pê da vida com o livro sobre o Facebook, a tia bêbada entoando cantos de Simone.
Ah, o natal!
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