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sexta-feira, 30 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Nós
O que quero parece pertencer a mim somente;
Mas quantos não querem o mesmo que eu?
Cansei de ser tu e tu, eu!
Quando seremos nós?
Mas quantos não querem o mesmo que eu?
Cansei de ser tu e tu, eu!
Quando seremos nós?
quarta-feira, 21 de março de 2012
Cinzas Coloridas
Fazendo as pazes com a solidão
Encontrei o não
Não quero gente intrometida
Não quero amizade falida
Não quero escolha arrependida
Quero que a estrela brilhe
E que a chuva molhe
Quero abraço apertado
E não quem faz corpo mole
Quero sol azul de bicicleta
Praia, bosque
Pra sair na rua
E quero dia chuvoso
Cinza de preguiça, cama e eu, nua
Pra ficar na minha
Junto com você, na sua
Quero focar pra distrair
E sorrir pra me alegrar
Quero férias
Pra de mãos dadas caminhar
Sair correndo
E num mergulho, cair no mar
Quero você na minha vida
E desse jeito poder te amar
Encontrei o não
Não quero gente intrometida
Não quero amizade falida
Não quero escolha arrependida
Quero que a estrela brilhe
E que a chuva molhe
Quero abraço apertado
E não quem faz corpo mole
Quero sol azul de bicicleta
Praia, bosque
Pra sair na rua
E quero dia chuvoso
Cinza de preguiça, cama e eu, nua
Pra ficar na minha
Junto com você, na sua
Quero focar pra distrair
E sorrir pra me alegrar
Quero férias
Pra de mãos dadas caminhar
Sair correndo
E num mergulho, cair no mar
Quero você na minha vida
E desse jeito poder te amar
domingo, 18 de março de 2012
Dê Pressão
Segunda, terça
Quarta, quinta
Sexta, chega.
Não, peraí, ainda tem o sábado.
Mas e aí????
Calma, o domingo.
E depois?
Segunda, terça
Quarta, quinta
sexta que não chega
O sábado, peraí calma.
O domingo ainda.
Mas e...
quarta-feira, 14 de março de 2012
Folia?
Checando uma rede social, li na página de um amigo que comunicava sua fantasia carnavalesca de Amigo da Onça:
Capitão América! Nem pestanejei e a partir daí mandei o pedido de amizade que foi imediatamente aceito. Ela não tinha foto no perfil, mas arrisquei assim mesmo, pois gostei muito do jeito que ela escreveu. Me pareceu divertida e sexy, além de ousada.
Via tudo que ela postava no afã de descobrir em que bloco estaria e acabei lendo no Twitter que no sábado encontraria amigos no Sassaricando. Parti sozinho para o bloco da Glória, uma vez que nenhum amigo meu quis me acompanhar.
Rodei por duas horas até avistar a fantasia americanizada, bem cintilante, perto do chafariz. O álcool já tinha batido e perdi totalmente a timidez. Cheguei pegando pela cintura e desde então não nos largamos mais.
Uma heroína abriu meu Carnaval e fechou meu coração.
Bela Adormecida
Oi Zé, ignorei a lista enorme de personagens femininas fortes dos quadrinhos e vou cair na folia com uma versão sexy, quase exposta e moderadamente machista de um personagem masculino famoso, totalmente capitalista... KKKK Quem será?!
Capitão América! Nem pestanejei e a partir daí mandei o pedido de amizade que foi imediatamente aceito. Ela não tinha foto no perfil, mas arrisquei assim mesmo, pois gostei muito do jeito que ela escreveu. Me pareceu divertida e sexy, além de ousada.
Via tudo que ela postava no afã de descobrir em que bloco estaria e acabei lendo no Twitter que no sábado encontraria amigos no Sassaricando. Parti sozinho para o bloco da Glória, uma vez que nenhum amigo meu quis me acompanhar.
Rodei por duas horas até avistar a fantasia americanizada, bem cintilante, perto do chafariz. O álcool já tinha batido e perdi totalmente a timidez. Cheguei pegando pela cintura e desde então não nos largamos mais.
Uma heroína abriu meu Carnaval e fechou meu coração.
sábado, 10 de março de 2012
Ai
Que prazer ver cada ossinho, se esforçando por perfurar a pele. Esticando e desbotando o pigmento quase-mulato de tantas impurezas no negro-melancolia que recebe muito bem essas pontas.
Que beleza sentir crescer músculos pequeninos por entre finas camadas de gordura saturada das recomendações do quê-não-comer. Empurrando redes de retenção que querem que tudo continue como sempre - mesmo que saibamos que o sempre é o entrevamento de nós.
Que emoção é torcer o joelho em pontilhados que veneram o tempo, que vergam o padrão e que casam com o sorriso de quem por muito passou e que passaria, ainda, por qualquer oportunidade.
Ai, partiu. Velou as pálpebras em palavras não correspondidas. Estavam no muro, estavam na pele, escritas em tinta de posse. Marcadas em seiva, choravam o meu não. Perdiam meu brilho, calavam a resistência, bandeiravam a vontade de um mim, que eu não sabia, que eu não conhecia, que eu não queria. Que esquivei.
Ai, o reflexo de meus olhos sem brilho. Calotas de um branco corroído, seco, avermelhado pelo abuso de pensar, e pensar, e tentar com um murro encaixar a última peça mal-feita do quebra-cabeça que criei.
Ai, as palavras que voltam chicoteando o meu sono. Perdido. Em voltas do couro no ar que estala quando a realidade se instala e ilumina a ponta da minha covardia, da minha fala-de-um-momento-eterno que não se traduz em tempo mas que pede pra voltar. A cada segundo.
A cada ai. Que me consome ao acordar, que enrola o pensamento em palavras-clichês do amar: te quero, te amo, te desejo, saudade.
Ai, dá dó de tantos acentos sem sentido, porquê não têm ação. Porque não querem atuar, porquê nunca quiseram... apenas elaboração de um tédio sexual por falta de perôba para abrir o nunca para qualquer um. Um olhar profundo que revela o raso do sentimento de permanência, afinal, só permanece o que é do destino. E o destino morreu com Marianne, o destino sangrou no termidor. E a oposição destino-acaso não mais fazem sentido, mesmo que um oceano impeça o toque, mesmo que correntes rompam o gelo, mesmo que a ignorância instaure o amor.
Maldita abstração que confunde o jovem coração, que inventa desafios de fé revolvendo túmulos de ancestrais. O que tenho hoje é só minha cara e ancas no espelho.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Desfolhando eu vôo
Aguardando o Outono chegar
Descasco
Desnudo e revelo
Nua
Inteira de mim
Crua
Fico à vista
No meio da rua
E acabo entregando mais do que quero
Sem farda, capuz ou fantasia
Pois o Carnaval já acabou
Mas enroupar-se é preciso
E o Inverno vem em mim
Como se fosse solidão
Até que a Primavera chega
E me acompanha ao Verão
Descasco
Desnudo e revelo
Nua
Inteira de mim
Crua
Fico à vista
No meio da rua
E acabo entregando mais do que quero
Sem farda, capuz ou fantasia
Pois o Carnaval já acabou
Mas enroupar-se é preciso
E o Inverno vem em mim
Como se fosse solidão
Até que a Primavera chega
E me acompanha ao Verão
sábado, 3 de março de 2012
Não sei o quê
Colérica, salta a veia na testa. A voz sai do peito e contrai a garganta.
Me canso, pestanejo nas hesitações, tombo os ombros sobre o tórax. Arco de corpo no torpor sem...
Ânimo, animo! Rasgo a pele com minhas costelas e suspendo a alma nos dedos do pé.
Em candura, desço à minha altura e abraço o coração... ao repousar a mão sobre o peito quente.
Na solidão, arranco goles do copo de aguardente e sorrio - desespero, ela mente - para avivar os olhos.
É noite, calor brando a lacrimejar a testa e deixar o corpo à espera de lençóis.
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