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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mais um que vai

Banksy
Senti frio e resolvi olhar o calendário. 
17 dias. 
É o que falta para mais um ano ficar para trás. Levanto para fazer um café e noto que a coluna reclama. Dói há dias num misto de estresse e falta de exercício, mas o frio não me ajuda. Desculpa esfarrapada, eu sei. Aproveito para ligar o aquecedor e no caminho de volta para a mesa de escrevinhar não sei por que lembro-me de meu pai. Acho que é só saudade. E em seguida surge o pensamento que as pessoas têm muito medo de morrer, sim, mas têm muito mais medo de viver. Paralisadas pelo desconhecido se trancam dentro de seus corpos e não deixam a alma respirar. Tenho medo da morte, mas tenho sede de viver. Viver o máximo que puder, para além dos meus limites. Sem fronteiras. Os pensamentos confusos se embaralham. Executo várias tarefas ao mesmo tempo: leio e-mails da família, textos de amor, denúncias de falcatruas políticas, procuro aluguéis mais baratos e admiro pinturas de séculos passados. O café me dá um pouco mais de energia e a cabeça começa a funcionar melhor. Quem sabe amanhã eu não corro na praia?

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