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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Da Solidão Sem Fim


Os milhares de barulhos lá fora gritam minha solidão no quarto escuro. Acendo uma vela que me faz companhia. Venta forte e vem cheiro de chuva por baixo da cortina pesada. O relógio do telefone marca 3:34. A cama é grande e não consigo dormir. Antes de se apagar, a chama aumenta. Assim é minha falta de sono. Que resiste e insiste antes de se despedir dos olhos abertos. Barulho de alguém acordado. Seria no quarto ao lado? Ou num canto dentro de mim? Barulho de água. Mais vento. Moringa, torneira ou chuva? Fecham a porta. Uma porta? São tantas. A chama da vela dança. Barulhos. São tantos. E os caminhos para o coração? Esses caminhos do coração....
Vela apagada.
Sono.
Cera.
Chão.
Colchão.


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