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domingo, 27 de novembro de 2011

Nostalgia

Esbarrar no passado;
não que ele tenha se perdido, apagado ou embotado,
mas porque está vivo no pensamento:
bicicletar, correr na rua descalço, na rua não asfaltada,
no bairro pobre, e sobretudo alegre...
Ainda é cedo.

Felicidade é o resumo de toda a lembrança tangível,
palpável como a sensação de estar distante,
e salvaguardado.
Saudades, muitas vezes, saudades:
de ser livre enquanto frágil.

Saudades, das conversas na varanda estreita de piso frio;
saudades, das conversas em tons também estreitos – “vamos para a rua? Aqui alguém pode nos ouvir”.

A rua é a escola da criança,
quando, por entreter-se em brincadeiras que não são suas, aprende;
Amadurece, justamente, nas brincadeiras de esconde-esconde, pega-pega – “Agora é sua vez, mesmo sem querer”.
Anoitece, rapidamente: “é hora de descansar!”,
e a criança não se sente enfastiada;
seu querer é ficar na ‘escola’.

Os amigos se vão;
A rua deserta cheira a nostalgia.
É noite, e tarde.

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