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domingo, 26 de junho de 2011

Beija-flor


Inspirar bem fundo às 5:17 e depois de 8 anos perceber que o sol nasce atrás da coluna do prédio - a beleza não deixa de aparecer. Depois de 8 anos. E depois mais 1 desses muitos se deparar com água do beija-flor que não é trocada há 2. Expirar com o barulho da janela do vizinho acordando com as cortinas acesas pela meia luz sol-lâmpada. O barulho do silêncio mortal inaudível pela infelicidade do ruído das cenas brutalmente cotidianas. Todos os 365 dias para se envolver com o impossível do especial que todos têm.  Ah, se todos os dias fossem degrades amarelo-azuis! Acordar com os pássaros nunca foi privilegio. Acordar com o murro do vento na janela pleno-sol no horário exato do sem-degrade. Sentir o gosto do desjejum; mastigá-lo. Engolir a vida-morte de cada dia. Os dias... os 8 anos menos 2 da água do beija-flor. As tardes mais longas, mais quentes, mais cenas, menos ouvidos às 17:05. Perder longos 6 anos e ter que escolher entre a parede ou a água com açúcar. Adentrar azul a fundo e escutar antes das 6... antes de amanhecer... antes de reparar algo mais.

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