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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Qual a saída?


Experimentava toda a sorte de sentimentos de confusão e abandono quando no auge da briga ele saía de casa e se instalava em um hotel qualquer, voltando para casa muitas vezes dias depois. Chorando. Transtornada, eu quebrava tudo que estava ao meu alcance. Desabando em pranto, dormia soluçando.

O pior era o dia seguinte. Não tinha muito com quem contar que fosse de extrema confiança. Se eu pedisse ajuda iria expor o problema real e ele já havia me deixado claro que aquele era o estilo de vida que queria levar, do contrário não teria se separado para estar comigo. Eu sentia falta da minha família, mas essa opção era absurda. E acabava procurando consolo no colo de amigos e amigas dele – mais tarde alguns se tornariam realmente meus bons amigos.

O relacionamento era claramente um jogo de poder e comecei a ter, com frequência, ondas de tristeza, que me valeram momentos de muito sofrimento, pois era bastante difícil disfarçar. A angústia de me tornar uma pessoa triste me invadia. Entristecida eu não teria mais nenhum valor. E foi quando me deparei com meu segundo maior medo: o de me tornar triste.

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