Nem sinal do carteiro, e com isso não dá vontade de fazer muita coisa. Lembrei de Elisa: uma tentativa de enamoramento pós-Martinha. Nem preciso mencionar que foi infrutífero; nem por apelido ou diminutivo de nossos nomes conseguíamos nos chamar – era uma sensação constante de desconforto. O irmão de Martinha apareceu um dia para pegar as coisas que ela tinha deixado, e deu de cara com Elisa. Quem sabe não contou pra ela o que viu, ou melhor, quem viu, e assim dificultou nosso reatamento? Foi isso, só poderia ter sido isso.
As noticias me amedrontam. Decidi parar de ouvir o rádio depois da devastação causada pelo mau tempo. Ao tomar decisões como esta, fico a imaginar se o que procuro não é a vontade de me martirizar com a espera, pois não terei mais nada para fazer – só esperar, esperar, e esperar. Neruda, me salve!
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