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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Luto ou Melancolia?



Silvia não viveu o luto. Viveu melancolia. Não sofreu a perda do homem amado; perdeu tudo o que ele também representava e trazia para sua vida. O luto, diferente da melancolia, é respeitado pela sociedade porque é tido como passageiro, dizia sua mãe psiquiatra. É um mal necessário para nos desligarmos do que não fará mais parte de nós.

Seu amor era infinito e sem medidas. Passava dias se isolando, marcando encontros secretos com amantes do passado em seus pensamentos. Na tentativa vã de fugir do sofrimento.

- Como amei!, pensava.
- Como ainda amo! sofria...

Dizem que o amor dura para sempre. Eu ainda amo muito e ao repetir isso no escuro meus olhos ficam molhados. Por que não te esqueço? Superei, eu sei. Mas por que dia e noite você invade meus pensamentos e sonhos? Será que você pensa em mim de forma serena? Será que eu ainda habito seus sonhos? Você tem raiva? Deseja voltar atrás? Mudar o que vivemos? Não viver o que aprendemos?

E assim Silvia preenchia seus dias melancólicos, pensando e repensando seus amores passados. E quanto mais o fazia, mais se afundava na melancolia.

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