Uma tempestade de poeira encobre a janela, e não bate chuva que escorra água de esperança pela vidraça.
É a neblina, o momento, a invisibilidade das perspectivas que abrem espaço para o tédio.
Que espessura de pó ou densidade de vapor impede a visada?
O horizonte se perde, mas sei que repousa em algum lugar.
É noite, faz frio,
mas não chove.
O som do ar adentrando-e-saindo das narinas repetidamente dão o tom das horas,
dos segundos que compõem os minutos em que a rotação do mundo é imperceptível - para quem?
É noite, faz frio;
devastador é não sair do lugar e se mover com a Terra;
no meu quintal não chove.
A janela encoberta de uma espessa e densa camada - de quê?
Desconfio... que não sei.
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