"Não há nenhum outro lugar onde eu poderia estar" pensou a pétala no curso do rio. A cada obstáculo, a água mudava seu rumo... criava um braço à esquerda, passava por baixo, mas ia adiante. E o que ficou pra trás? Acúmulos do resto passado.
"Não há nenhum outro lugar onde eu poderia estar" considerou a pétala nas voltas que dava sem chegar ao centro. Um redemoinho sem vento, a força do fundo provoca movimento. Sem tempo. Voltas, voltas. Quem sabe um ralo para o fim? Parou o fim. Melhor não pensar em que bueiro vai parar.
"Não há nenhum outro lugar onde eu poderia estar" decidiu a pétala no fluxo do ar. Voando sem rumo, escorando em obstáculos, machucando suas veias de planta. Sem rastro, sem sangue. Hematomas que seguem pelo presente e desaparecem no segundo anterior, no segundo seguinte.
"Não há nenhum outro lugar onde eu poderia estar" inscrito na árvore: amantes da paixão gravaram na natureza seu sentimento fugaz. Tentaram por fim eternizar o imemorável. Cai uma lágrima, escorre uma gota da seiva, tomba uma pétala. O que resta?
"Não há nenhum outro lugar onde eu poderia estar" considerou a pétala nas voltas que dava sem chegar ao centro. Um redemoinho sem vento, a força do fundo provoca movimento. Sem tempo. Voltas, voltas. Quem sabe um ralo para o fim? Parou o fim. Melhor não pensar em que bueiro vai parar.
"Não há nenhum outro lugar onde eu poderia estar" decidiu a pétala no fluxo do ar. Voando sem rumo, escorando em obstáculos, machucando suas veias de planta. Sem rastro, sem sangue. Hematomas que seguem pelo presente e desaparecem no segundo anterior, no segundo seguinte.
"Não há nenhum outro lugar onde eu poderia estar" inscrito na árvore: amantes da paixão gravaram na natureza seu sentimento fugaz. Tentaram por fim eternizar o imemorável. Cai uma lágrima, escorre uma gota da seiva, tomba uma pétala. O que resta?
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